Grace, como mãe de dois filhos, estava sempre ocupada demais com sua vida diária para visitar a fazenda de seu pai. Ela pensou que haveria tempo depois para vê-lo, ajudar com a fazenda e ter aquelas longas conversas. Mas seus planos foram destruídos quando ela percebeu que seu pai tinha ido embora, e tudo o que restava era sua antiga fazenda. Grace sentou-se ao lado das camas de seus filhos, sua voz suave e reconfortante enquanto lia em voz alta sua história de ninar favorita. Roy e Nancy estavam deitados sob as cobertas, aconchegados em seus travesseiros, seus olhos ficando mais pesados a cada palavra que ela falava.
Esses eram os momentos que Grace mais valorizava — momentos tranquilos e pacíficos em que tudo parecia certo. O mundo lá fora pode ser caótico, mas aqui, neste quarto mal iluminado, estava calmo. Quando ela terminou a última frase, Grace olhou para ver que ambas as crianças tinham adormecido. Ela sorriu para si mesma, os cantos de sua boca se levantando suavemente. Cuidadosamente, ela fechou o livro, tomando cuidado para não fazer um som que pudesse perturbá-los. Antes de sair, ela abriu a porta só um pouco, deixando uma pequena fresta de luz do corredor brilhar — o suficiente para confortar Roy, que sempre teve um pouco de medo do escuro.
Grace saiu da sala, seu coração ainda cheio da doçura do ritual noturno. Mas quando ela entrou na cozinha, ela imediatamente percebeu que algo estava errado. Ela podia dizer pelo olhar em seus olhos que qualquer notícia que ele tivesse não era boa.
“Kirk, o que foi?” ela perguntou, sua voz tremendo levemente enquanto sua mente corria pelas possibilidades. Kirk deu um passo em sua direção, sua expressão cheia de tristeza. “Grace”, ele começou suavemente, estendendo a mão para segurar a dela. “Sinto muito. É seu pai… John faleceu.” O coração de Grace parou. O mundo ao seu redor pareceu desacelerar, como se o próprio tempo tivesse congelado. Ela sentiu suas pernas cederem enquanto as lágrimas inundavam seus olhos, e antes que percebesse, ela estava desabando nos braços de Kirk. Seu corpo tremia com soluços, a tristeza a consumindo completamente.
“Eu nem consegui me despedir”, ela chorou, sua voz quase inaudível enquanto ela enterrava seu rosto no peito de Kirk. Seus braços a envolveram, segurando-a firmemente, tentando fornecer a força que ela precisava naquele momento. Mas nada poderia tirar a tristeza de perder seu pai. A sala parecia mais vazia agora, o ar mais pesado. Grace agarrou-se ao marido, sentindo como se o chão sob ela tivesse sido varrido. No dia seguinte, Grace e Kirk dirigiram em silêncio em direção à fazenda de seu pai. A paisagem familiar passou em um borrão, e Grace mal percebeu.