No entanto, com apenas 11 anos, Victoria começou a apresentar sintomas preocupantes, semelhantes aos de uma gripe. Ela desmaiou várias vezes e contraiu pneumonia.
Duas semanas depois, ela ficou paralisada da cintura para baixo. Seu corpo se desligou, pedaço por pedaço. Uma inflamação grave no cérebro e na medula espinhal destruiu toda a sua vida.
Sua família só pôde assistir, horrorizada, enquanto Victoria perdia a capacidade de falar, comer ou se mover livremente. Mas sua incrível história estava apenas começando. O que aconteceu quatro anos depois chocaria sua família e os médicos.
Victoria passou quase quatro anos “presa” dentro de seu próprio corpo.
Os médicos explicaram à família que ela estava em estado vegetativo. Somente por meio de alimentação por sonda ela conseguiu o sustento necessário para se manter viva.
“Nós a perdemos”, disse sua mãe, Jacqueline.
O que ninguém sabia, porém, era que Victoria conseguia ouvir seus entes queridos ao lado de sua cama de hospital.
Dois anos depois de entrar em coma, ela “acordou” mentalmente novamente, mas ainda não conseguia mover o corpo. Ela conseguia ouvir conversas ao seu redor e queria reagir, mas seu corpo não obedecia aos seus comandos.
Naquela época, os médicos já haviam descoberto a doença incomum que causara a inflamação na medula espinhal e no cérebro de Victoria.
Ela ouviu os médicos dizerem à família que ela estava efetivamente com morte cerebral. Ela permaneceria em estado vegetativo pelo resto da vida.
“Mas meus pais acreditaram em mim. Eles montaram um quarto de hospital em nossa casa em New Hampshire e cuidaram de mim. Meus três irmãos — eu sou trigêmea e temos um irmão mais velho — conversaram comigo e me mantiveram informada sobre o que estava acontecendo fora do meu quarto. Eles me deram forças para lutar e ficar mais forte. Eles não sabiam que eu podia ouvi-los, mas eu podia”, diz Victoria, segundo a ESPN.
Tudo começou em dezembro de 2009, quando ela conseguiu fazer contato visual com a mãe. A partir daí, ela gradualmente começou a voltar à vida. Inicialmente, ela conseguia mover um dedo e, com o tempo, passou a acenar com a mão. Com o tempo, conseguiu formar palavras, que se transformaram em frases.
Claramente, eu estava destinada a ser nadadora… ?#CadêMinhasAsasD’água #ColisõesDeDia #QuintaDeRetorno
Ela começou a comer pudim sozinha e depois migrou para alimentos sólidos. Depois, conseguiu segurar o celular e aprendeu o que significava “cutucar” alguém no Facebook.